domingo, 18 de abril de 2010

Assumindo Responsabilidade


A vida está em constante movimento, muda continuamente - um momento passa e deixa outro, que nunca é igual ao anterior. A todo instante o nosso corpo sofre mudanças fisiológicas e psicológicas de que não fazemos a menor idéia.
Quando temos consciência dessas mudanças, podemos apreciar a vida com mais facilidade e comunicar-nos com os outros.
Entretanto, quando não temos consciência do que está acontecendo em nossas vidas, podemos compreender de repente que a metade já se foi - e que fizemos pouco progresso nos libertando de nossos obstáculos ou no desenvolver as nossas qualidades positivas. Porque a vida se move sem parar - muito mais depressa do que um rio - precisamos usar bem cada momento.
É importante, pois, estarmos consciente a todo momento - para primeiro olhar e pensar no que estamos fazendo - e não agir precipitadamente. A espontaneidade que provém da certeza e da autoconfiança é uma qualidade muito positiva; muitas vezes, contudo, quando respondemos sem pensar,somos como um floco de algodão que voa onde quer que o vento o leve. A ação espontânea é muitas vezes imprevisível e, assim, pode resultar em confusão ou desorientação; podemos ser levados a extremos pela nossa mente confusa. Por isso precisamos controlar nossa impulsividade e, em vez de depender dela, depender apenas da nossa força interior e da nossa convicção. Não obstante, quase todos preferimos seguir o que nos fascina no momento, sem pensar nas conseqüências.
Era uma vez um rei de macacos qua abaixou a vista para as paredes de um desfiladeiro e viu a lua brilhante refletida na água, lá em baixo. "Oh, que linda jóia - preciso tê-la!" pensou. Quando contou o caso aos outros macacos, todos disseram que seria muito difícil alcançá-la; mas o rei dos macacos insistiu: "Tenho uma idéia: um dos macacos ficará agarrado a uma árvore todos os demais formarão uma linha, cada qual segurando com firmeza o rabo do macaco à sua frente. Depois poderemos abaixar essa cadeia de macacos até a água e o último poderá alcançar a jóia." Assim, quinhentos macacos ficaram pendurados, um atrás do outro, até chegar à água, mas peso de todos eles foi excessivo para o que estava agarrado à árvore, e os quinhentos macacos caíram dentro d'água e morreram afogados.
Nossa mente, não é raro, é como o macaco - quando não refletimos cuidadosamente, com antecedência, em nossas ações, não podemos ver com clareza as conseqüências, e nossas fantasias, sonhos e ambições egoístas nos causam dificuldades. Quando nossas ações são realizadas às cegas, sem nenhuma direção prática ou lógica, podemos nos ver entalados em situações ainda mais enredantes do que as circunstâncias presentes.

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