quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Exercício da Compaixão


OBJETIVO: Aumentar a compaixão no mundo.
RESULTADOS ESPERADOS: Um senso de paz pessoal.

INSTRUÇÕES: Este exercício pode ser feito em qualquer lugar onde existem pessoas reunidas (aeroportos,shoppings, parques, na praia etc...).
Deve ser feito com uma pessoa estranha, discretamente, a certa distância. Tente executar os cinco passos com a mesma pessoa.

Passo 1 - Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo:
" Assim como eu, esta pessoa também está buscando alguma felicidade para sua vida."

Passo 2 - Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo:
"Assim como eu, esta pessoa está tentando evitar o sofrimento em sua vida".

Passo 3 - Com a tenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo:
"Assim como eu, esta pessoa conhece a tristeza, a solidão e o desespero".

Passo 4 - Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo:

"Assim como eu, esta pessoa está buscando satisfazer suas necessidades".

Passo 5 - Com a atenção voltada para a pessoa, repita para si mesmo:

"Assim como eu, esta pessoa está aprendendo com a vida".

Livro: "ReSurfacing"

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

RESPEITO


Somente optando pelo auto-respeito é que conseguimos o respeito alheio. Encontraremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.
De que maneira as pessoas nos tratam? Sentimos-nos constantemente usados ou desrespeitados? Às vezes, permitimos que os outros nos tracem metas ou objetivos sem antes nos consultar? Sabemos distinguir quando estamos doando realmente ou quando estamos sendo explorados? Respeitamos nossos valores e direitos inatos? Costumamos representar papéis de vítimas ou de perfeitos?
A pior situação que podemos viver é passar toda uma existência sem nos dar o devido amor e respeito, fazendo coisas completamente diferentes do que sentimos.
Nossos sentimentos são parte importante de nossa vida. Se permitirmos que eles fluam em nós, então saberemos o que fazer e como nos conduzir diante das mais variadas situações do cotidiano.
Em virtude disso, não devemos nos esquecer de que, quando nos respeitamos plenamente, mostramos aos outros como eles devem nos tratar.
Se nós não nos aceitamos, quem nos aceitará? Se nós não nos amarmos, quem nos amará?
Marcos relata em seu Evangelho a seguinte orientação: "Pois ao que tem será dado, e ao que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado".
Realmente, "será tirado" (respeito) ao que se respeita e não"ao que não tem ou pensa ter".Assim funciona tudo em nossa vida íntima - "temos o que damos". Devemos esperar dos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.
Examinemos nossos sentimentos e atitudes e nos perguntamos: Por que permito que me tratem com desconsideração? O que estimula os outros a se comportarem com desprezo em relação à minha pessoa?
Se nós não nos auto-responsabilizamos pela forma como somos tratados, continuaremos impotentes para mudar o contexto penoso em que estamos vivendo. É muito cômodo culpar os outros por qualquer desilusão ou sofrimento que estejamos passando. Não é fácil aceitar a responsabilidade pelas nossas próprias ilusões e desenganos.
Quando renunciamos ao controle de nós mesmos, com toda a certeza outros indivíduos tomarão as rédeas de nossa vida.
Somos iguais perente os olhos da Divindade.""(...) todos tendem ao mesmo fim e Deus fez suas leis para todos. Dizeis frequentemente:o sol brilha para todos. Com isso dizeis uma verdade maior e mais geral do que pensais".
Realmente "o sol brilha para todos", pois "(...)Deus não deu, a nenhum homem, superioridade natural, nem pelo nascimento, em pela morte(...)".
Não somos nem melhores nem piores que ninguém. Ao recusarmos o respeito a nós mesmos, estamos abdicando do direito de exigí-lo. Sem senso de valor individual, nos sentiremos diminuídos diante do mundo e destituídos da habilidade de dar e de receber amor.
O mais valioso tesouro que possuímos é a dignidade pessoal. Não é ilícito sacrificá-la por nada ou por ninguém. Quando autorizamos os outros a determinar o quanto valemos,uma sentença de vazio nos toma conta da alma.
O autodesrespeito é um grande desserviço a nós mesmos.
Quando ele se instala em nossa casa mental, passamos a não mais prestar atenção aos avisos e intuições que brotam espontaneamente do reino interior. As vozes de inspiração divina são sempre ideias claras, provindas de síntese e simplicidade, que a Vida Providencial murmura no imo de nossa alma.
Quando nos respeitamos, somos livres para sentir, agir, ir, dizer, pensar e saber o que autoderminamos, confiantes em que, se estivermos prontos, no tempo exato o Poder Superior do Universo nos dará todo o suprimento, todo o apoio e toda a orientação para cumprirmos o sublime plano que Ele nos reservou.
Somente optanto pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontaremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

DESAPEGO



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Não adianta "fecharmos as cortinas da janela da alma" a fim de levarmos uma vida de sonhos - repleta de pensamentos e vazia de experiências -, atenuando ou impedindo os estímulos externos. Isso é um "desapego defensivo", ou resignação neurótica, e não uma virtude genuína.

Denominados "desapego defensivo" o mecanismo de fuga da realidade, de forma inconsciente ou não, por pessoas que possuem um constrangimento auto-imposto proveniente do medo de amar, ou mesmo de se perder na sede de amor por objetos, pessoas ou ideias e de serem absorvidas por enorme necessidade de dependência e submissão fora do próprio controle.
Esse "desapego de proteção" tem como base profunda um processo mental ativado tão logo o individuo perceba algo ou alguém que tenha grande significado para ele, e que, se o perdesse, seria muito doloroso. Ele adota uma atitude de contenção dos sentimentos e se isola com indiferença e desprezo diante do seu mundo sensível.

Declara-se desinteressado e frio, mantendo por postura íntima o seguinte pensamento: "Eu não me importo", quer dizer, "Não abro as portas do meu sentimento".(Aliás, a palavra "importar" vem do latim importare - "trazer para dentro" ou "trazer para si"). Assim, ele não se sentirá frustrado ou ameaçado pelos conflitos, porquanto supõe ter atingido um "real desapego", quando,na verdade, apenas utiliza uma desistência da expressão, do anseio, da vontade, da satisfação e da realidade pessoal, ou seja, restringe e mutila a vida ativa.
Por outro lado, o "desapego saudável" é uma vivência que leva ao crescimento íntimo e a uma expansão da consciência, enquanto a experiência defensiva conduz a um bloqueio das sensações, fazendo com que as pessoas vivam numa aparente fuga social, exibindo atos e comportamentos fictícios, envolvidas que estão por uma atmosfera de falsa renúncia e altruísmo.
É considerada pelos Espíritos Superiores como "duplo egoísmo", a atitude de certos "homens que vivem na reclusão absoluta para fugir ao contato do mundo".
Não podemos nos esconder atrás de valores sagrados para camuflar conflitos de caráter efetivo, sexual, profissional, cultural, religioso - isso é escapismo. Enfim, uma deserção da participação social é, na verdade, um fenômeno retardatário do amadurecimento psicológico. Esse tipo de desapego, que parece ter como motivo um imenso desprendimento por bens materiais ou pessoas, comprova, acima de tudo, ser apenas um desejo de fuga ou um receio proveniente do egoísmo.
Uma atitude auto-imposta por dúvidas e desconfiança, insegurança e temor, além de nos auto-agredir, nos afasta do caminho natural e nos desvia do dinamismo evolutivo da Vida Providencial. Não adianta "fecharmos as cortinas da janela da alma" a fim de levarmos uma vida de sonhos - repleta de pensamentos e vazia de experiências -, atenuando ou impedindo os estímulos externos. Isso é um "desapego defensivo", ou resignação neurótica, e não uma virtude genuína.
As criaturas do mundo estão cheias de fictícios desapegos que, na realidade, reduzem a visão da verdadeira espiritualidade, dificultando as muitas maneiras de despertar as potencialidades da alma.
Diz-se que um indivíduo "apegado" é indeciso e inerte, porque perdeu a conexão consigo mesmo; não sabe mais o que quer para si, não mais navega os mares nem desbrava os continentes de seu reino - desviou-se de sua rota existencial.
Disse Jesus:"Em verdade, em verdade, vos digo: Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só; mas se morrer, produzirá muito fruto. Quem ama sua vida a perde e quem odeia a sua vida neste mundo guardá-la-á para a vida eterna".
O "amar a vida" ou "odiar a vida" a que Cristo se refere é, exatamente, o despertar ou a concientização de que as coisas vêm e vão na nossa existência, e que é preciso adotar a prática do desapego em relação a elas. O apego é a memoria da "dor" ou do "prazer" passado, que carregamos para o futuro. Atrás de cada sofrimento existe um apego.
"Se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permanecerá só;mas se morrer, produzirá muito fruto". Eis a excelência da mensagem;tudo em nossa vida terrena é transitório, vai passar; vai mudar e ir além... Os "grãos de trigo" vão tomar uma nova feição - se transformarão num imenso trigal e, mais adiante, se converterão na prodigalidade do alimento generoso.
Apego é não-aceitação da impermanência das coisas. Na Terra nada se perpetua, somente a alma é imortal.